INTRODUÇÃO: Muitos hoje se questionam sobre a missão
da Igreja. Cada vez mais as igrejas se empenham pelos direitos humanos, pela
justiça nas relações humanas, pela paz mundial. Em algumas comunidades e grupos
nota-se um compromisso claro em favor dos pobres, contra torturas, em defesa dos
sem-terra, dos indígenas, contra o tráfico de drogas e contra a prática da
INJUSTIÇA. - É tarefa da Igreja ocupar-se também desses assuntos? Estas não
são somente questões da sociedade civil e do governo?
Como você pensa e se posiciona sobre isso?
Você conhece casos de injustiça? – Conte brevemente.
E você já se perguntou: Será que eu não tenho nada a ver com
esses casos de injustiça que eu enxergo, ouço ou leio?
Qual é a minha responsabilidade cristã?
LER O TEXTO: Efésios 5.8-14
CONSIDERAÇÕES SOBRE O TEXTO (intercalando a leitura):
V.8 – O apóstolo fala do SER CRISTÃO. A pessoa cristã
não vive isoladamente, mas em grupos, em comunidade. Ser cristão é "ser
luz no Senhor". Isto é revelado na vivência concreta, como um "andar
como filhos da luz". Ser aceito por Deus, através do Batismo, nos
compromete a vivermos o que já somos: Filhos de Deus, no dia-a-dia da vida.
Recebemos a luz e, iluminados, iluminamos. "Andar" é estar a caminho, é
estar em marcha, é SER ATIVO.
V.9 – Os "Frutos da luz" são conseqüência
do viver em Cristo e, neste sentido, o VIVER O BATISMO. Assim, a vida
na comunidade se caracteriza em virtudes humanas e cristãs de bondade,
justiça e verdade. No entanto, este ANDAR NA LUZ não é uma conduta
fixada por leis! Jesus nos libertou de toda lei, para uma vivência
responsável. Jesus Cristo é o critério da avaliação de nossa atitude.
V.10 – A partir do critério que é Cristo, devemos, de
forma crítica, aprender a descobrir a vontade de Deus e agir de acordo com
ela, para assim "provarmos o que é agradável ao Senhor".
Este "provar" nos indica a responsabilidade de examinar e
escolher diante de cada situação.
V.11 – Também compete ao cristão "reprovar as
obras infrutíferas das trevas". O Evangelho é sempre anúncio dos novos
valores do Reino de Deus, mas, ao mesmo tempo, é denúncia de
pecados, injustiças, opressões, que dificultam a liberdade e o
desenvolvimento justo das pessoas.
V.12 – Não podemos ser cúmplices com injustiças e
crueldades cometidas contra pessoas; não podemos silenciar diante da
exploração e da opressão dos mais fracos. Como cristãos, não podemos
ignorar e fugir desta realidade, muito menos calar diante dela. Como
filhos da luz, somos desafiados a ILUMINAR A VERDADE E A REALIDADE do
nosso meio, pois, "o que eles fazem em oculto é vergonha".
V.13 – Jesus, como luz que veio para o mundo, é fonte
de orientação constante para a nossa vivência no mundo. Devemos avaliar e
provar constantemente a nossa própria vivência cristã perante o mundo, pois
"todas as coisas pela luz se tornam manifestas".
V.14 – Temos aqui figuras para a vida cristã, que se
aplicam ao ato de voltar para Deus: Acordar do sono, ressuscitar
dos mortos e sair das trevas para a luz.